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CONJUNTO HABITACIONAL HELIÓPOLIS

CONJUNTO HABITACIONAL HELIÓPOLIS

São Paulo

|

Brasil

2014

Autor:

Biselli Katchborian Arquitetos Associados

Entidad gestora:

Secretaria de Habitação

Empresa constructora:

Passarelli

Memoria 

La intervención realizada en “Heliópolis”, la mayor favela de São Paulo, forma parte del Programa de Reurbanización de Favelas de la Municipalidad de São Paulo, de la Secretaría de Vivienda. Nuestra oficina colaboró con la Secretaría en la elaboración de este proyecto de interés social, ubicado en un terreno entre la ciudad formal y la informal. En la confluencia de la Avenida Comandante Taylor y la Avenida das Juntas Provisorias, se construyeron 199 unidades habitacionales de 50 m2 cada una. La primera fase del complejo se concluyó en 2014.

La vivienda social está concebida en este caso como una reconstrucción del tejido urbano, privilegiando los espacios públicos de interés para el residente, protegido de la calle y provisto con espacios comerciales y de servicios en la planta baja. La relación espacio-ciudad se basó en el modelo de  "manzana europea", una implantación sin retranqueos y con un patio interno que hace de articulador entre el tejido formal e informal de la ciudad, accesible a través de los pórticos, creando una conexión fluida potenciada por el diseño paisajístico.

Los desniveles naturales de la geografía del lugar, permitieron la construcción de hasta ocho pisos sin el uso de ascensores, con accesos en diferentes niveles y de acuerdo con la legislación de altura máxima. El proyecto requirió de la construcción de un conjunto de pasarelas y puentes de conexión entre bloques que permitieron aprovechar al máximo los coeficientes de construcción.

Las soluciones constructivas en general apuntan a la racionalidad y a la repetición, sin perjuicio de la expresividad de la arquitectura en su conjunto. Únicamente los pórticos de acceso no son repetitivos y se utilizó una estructura mixta de concreto armado. La configuración de las unidades habitacionales produce una volumetría de ritmo singular que permite la interpretación del conjunto arquitectónico como una serie de edificios independientes, asunto que se refuerza con el uso del color.

En el diseño de las unidades prevaleció el cuidado de las distribuciones de los ambientes, garantizando la flexibilidad de las configuraciones. Las viviendas cuentan con espacio para trabajo pues muchas de las familias residentes realizan labores en casa como una fuente de ingresos complementaria.

Los conjuntos cuentan con unidades adaptadas para personas con discapacidad. El proyecto de paisajismo prevé la integración de los dos conjuntos a través de los pórticos, dotado de equipos de gimnasia y recreativos, potenciando el espacio del patio interno. Las áreas destinadas al ocio, están ubicadas en los pisos de llegada y permiten el acceso a los conjuntos desde la calle Comandante Taylor.

Descrição

A intervenção realizada em “Heliópolis”, a maior favela de São Paulo, faz parte do Programa de Requalificação de Favelas da Prefeitura de São Paulo, da Secretaria de Habitação. Nosso escritório colaborou com a Secretaria na elaboração desse projeto de interesse social, localizado em um terreno entre a cidade formal e a informal. Na confluência da Avenida Comandante Taylor com a Avenida das Juntas Provisórias, foram construídas 199 unidades habitacionais de 50 m2 cada. A primeira fase do complexo foi finalizada em 2014.

A habitação social foi concebida, nesse caso, como uma reconstrução do tecido urbano, privilegiando os espaços públicos de interesse do morador, protegidos da rua e dotados de espaços comerciais e de serviços no térreo. A relação espaço-cidade foi baseada no modelo de “bloco europeu”, uma implementação sem retrancar e com um quintal interno que atua como articulador entre o tecido formal e informal da cidade, acessível por meio das varandas, criando uma conexão fluida reforçada pelo projeto paisagístico.

Os desníveis naturais da geografia do local permitiram a construção de até oito andares sem o uso de elevadores, com acesso em diferentes níveis e de acordo com a legislação de altura máxima. O projeto exigiu a construção de um conjunto de passarelas e pontes interligando blocos que permitiram o aproveitamento máximo dos coeficientes construtivos.

As soluções construtivas em geral visam à racionalidade e à repetição, sem prejuízo da expressividade da arquitetura como um todo. Somente os pórticos de entrada não são repetitivos e foi utilizada uma estrutura mista de concreto armado. A configuração das unidades habitacionais produz uma volumetria de ritmo singular que permite que o conjunto arquitetônico seja interpretado como uma série de prédios independentes, o que é reforçado pelo uso da cor.

No desenho das unidades, foi tomado cuidado com o arranjo dos ambientes, garantindo flexibilidade nas configurações. As moradias têm espaço para trabalho, já que muitas das famílias residentes trabalham em casa como fonte complementar de renda.

Os conjuntos possuem unidades adaptadas para pessoas com deficiência. O projeto de paisagismo prevê a integração dos dois complexos por meio de portões, equipados com aparelhos de ginástica e recreação, valorizando o espaço do quintal interno. As áreas de lazer estão localizadas nos andares de chegada e permitem o acesso aos conjuntos pela Rua Comandante Taylor.

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